- Área: 1485 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Patrick Reynolds, Emma Smales
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Fabricantes: Alucobond, Framerite
Descrição enviada pela equipe de projeto. Te Oro é um centro criativo para os jovens das comunidades de Glen Innes e Panmure. Ele surgiu da própria comunidade, apoiado e financiado pelo Conselho de Auckland. Seu propósito é fomentar a criatividade das culturas locais, compartilhando conhecimento e criando um sentido de orgulho e identidade como catalizador para a renovação social. O processo de desenho foi aberto e colaborativo, com a participação de artistas locais, assessores culturais, whenua maná, especialistas em meio ambiente e paisagismo, além da própria comunidade, habilitada para tomar todas as decisões de desenho possíveis.
O local, um antigo estacionamento contíguo a Line Road, termina em um 'pequeno parque', em um caminho tradicional do rio Tamaki até as terras mais altas. O desenho melhora a esfera pública e o meio ambiente construído de Glen Innes. Por isso, desenvolveu-se um master plano diretor para todo o local. A comunidade defende arduamente a ideia de que o novo edifício seja adjunto a Ruapotaka Marae, a biblioteca e a sala - isto se caracterizou como um 'corpo de edifícios'.
O plano diretor ata estes edifícios em torno de um novo 'espaço compartilhado' público (ainda não construído) que facilita o acesso tanto ao pedestre quanto aos automóveis enquanto melhora a experiência espacial da paisagem e do mobiliário urbano. O recinto está conectado graficamente por uma 'manaia' impressa na terra.
A arquitetura ressoa com edifícios tradicionais do Pacífico ao sudoeste. O corte transversal das colunas alinhadas e a superestrutura respondem à dinâmica da vida, protegendo o 'marae' (centro comunitário e sagrado) que e está delimitado por uma série de portais de madeira LVL facetadas. Este elemento rítmico se inclina para o norte a fim de maximizar a eficiência dos painéis fotovoltaicos montados na cobertura e está revestido com uma camada feita de folhagens.
Esta estratificação significa que Te Oro é interpretado pela comunidade de muitas maneiras - um lugar tradicional de aprendizagem e ensino; um bosque de árvores; uma criatura antropomórfica, uma enorme casa na árvore ou um instrumento musical. Em todas estas interpretações, Te Oro conserva seu sentido de ser completamente específico para suas pessoas, seu lugar e seu tempo.
Os artistas locais se encarregaram de criar a sinalização e o 'som do local', que combina música tradicional e contemporânea, arte visual e o espaço através do conjunto de 'cones de som', painéis esculpidos em CNC para as colunas e kowhatu.
O edifício de 1485 m2 possui uma forte agenda ambiental, com a superfície da cobertura feita com 256 painéis fotovoltaicos que fazem do Te Oro 'energia zero', além disso há a coleta das águas pluviais, duplo envidraçamento, bombas de calor e iluminação LED, reduzindo os custos operativos.